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Reunião vai tratar de denúncias contra o Lar das Vovozinhas nesta quarta-feira

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Foto: Arquivo Pessoal

A 1ª Promotoria de Justiça Cível de Santa Maria e a direção do Lar das Vovozinhas se reunirão na manhã desta quarta-feira para tratar sobre novas denúncias que chegaram ao Ministério Público (MP) na semana passada. Segundo o promotor Fernando Chequim Barros, um procedimento administrativo foi aberto em 28 de janeiro para apurar a qualidade do atendimento às idosas, após um grupo de profissionais que atua no lar procurou o MP para relatar que a falta de funcionários estaria prejudicando as assistidas.  

- Esses profissionais relataram o fato de as idosas ficarem o dia todo sem água, problema de escaras graves, dificuldade de atender dietas enterais. Me trouxeram, inclusive, algumas fotos mostrando o rosto e braço de idosas com picadas de mosquito e outra que mostra o braço de uma delas e a parede cheia de mosquito, além de uma série de precariedades nas instalações. Face a isso, instaurei esse procedimento para verificar a insuficiência de funcionários com prejuízo aos cuidados às idosas - disse o promotor.

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Esse é o segundo procedimento aberto pelo MP para investigar a falta de profissionais no lar - em 2018, a mesma promotoria já havia apurado outras denúncias parecidas. Na última quinta, a advogada da entidade se reuniu com o promotor, que pediu para o lar adotar as providências relacionadas aos problemas apresentados com a maior brevidade possível.

- A administração da casa é de responsabilidade da direção. O que cabe ao MP é verificar se as idosas estão sendo cuidadas conforme determina a lei. O próximo passo, agora, é continuar colhendo as informações e voltar a tratar com a casa, para ver o que a direção nos diz, se é verdade ou não - diz Barros.

Há pouco mais de 60 dias na gestão do Lar das Vovozinhas, o diretor da casa, Moacir da Rosa Alves, disse ao Diário que as novas denúncias não eram de conhecimento da direção, e que vão responder com a devida seriedade.

- São denúncias infundadas e, no mínimo, maldosas. Nem eu nem os outros canais hierárquicos sabíamos desses fatos. O que nos surpreende não é a denúncia, mas a forma como foi feita e está sendo tratada. Esses trabalhadores foram até a promotoria sem terem passado pelas esferas internas, sem relatar os fatos aos superiores imediatos - relatou.

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Conforme o diretor, atualmente a instituição possui 99 funcionários, sendo que 54 destes são da área da saúde (entre médico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, técnicos em enfermagem, farmacêutico e enfermeiros), além de higienistas e servidores administrativos e do setor de manutenção.

O custo mensal para manter o lar gira entorno de R$ 350 mil, entre a compra de medicamentos, alimentos e folha salarial.

- Algumas pessoas que viram que o abrigo recebeu R$ 720 mil do empresário Luciano Hang, que representa o valor do aluguel da área do lar por dois anos, acharam que tínhamos resolvido a dificuldade econômica, mas naquele momento a casa devia quase R$ 1,3 milhão. Quando assumimos, recebemos o lar com quase R$ 720 mil de débitos e uma folha de 105 trabalhadores. Nós optamos por demitir 15 bolsistas para economizar R$ 11 mil e, posteriormente, firmamos um convênio em que trouxemos quatro enfermeiras supervisoras e 30 estudantes estagiários de técnico em enfermagem. No nosso entendimento, nós aprimoramos muito mais a força de atenção às assistidas aqui - disse.

MELHORIAS
Ainda segundo Moacir, após ter conhecimento das denúncias e do procedimento administrativo instaurado pelo MP, a direção determinou a melhoria e aprimoramento dos cuidados.

- A denúncia nos surpreende e, no meu entendimento, ela é ilegal e deverá ser responsabilidade. Quando nós soubemos que tinha mosquito, nós pedimos repelentes à sociedade de Santa Maria. Quando notamos a necessidade de deslocar as idosas para outro lugar, devido ao calor, nós mudamos elas para uma outra ala. Essas últimas denúncias são de situações pretéritas que foram utilizadas para prejudicar o lar - conclui. 

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